sábado, 30 de maio de 2015

O Peso do Destino - Cap 42

o peso do destino, fanfic, dark hunters, historias, contos, escrita criativa,Vane era um homem encantador. Era pena que não me estivesse destinado, tive um pequeno e rápido vislumbre do seu futuro, e não era eu que estava ao seu lado. Era nestas alturas que eu desejava conseguir ver o meu futuro, para saber o que fazer, ou pelo menos para permanecer esperançosa.

Passado algum tempo, eu e as raparigas fomos para perto do bar, para dançar e para estar mais perto do abastecimento de bebidas. Quando estávamos todas juntas, eram raras as bebidas que pagávamos do próprio bolso. Tínhamos de tirar partido disso.






Estávamos divertidas, dançámos um bom bocado, até que o Vane interrompe.

- Posso roubar a vossa amiga por uns minutos?

- Estás á vontade. - Responde a Mira.

- Será que queres dançar um pouco? - Perguntou-me.

- Claro.

Avançámos para a pista, por entre a multidão, o Vane guiou-me. Agarrou-me pela cintura e a proximidade entre nós dava-me arrepios na espinha. Felizmente, ou não, estava a passar uma música calma, e o Vane aproveitou para falar.

- Sabes, desde que te conheci que questiono como é que uma mulher como tu pode não ter um homem que a reclame como sua? 

- Então já somos dois a fazer a mesma pergunta. - Respondi divertida. - Não és o primeiro a dizê-lo.

- Estou a falar a sério Eva, não faz sentido. - Insistiu intrigado.

- O que queres que te diga? Eu não tenho muita sorte no departamento do romance.

- Se queres que seja sincero, uma mulher como tu é para ser amada, venerada. És linda, inteligente, forte e ao mesmo tempo carinhosa.

- Talvez o azar no amor seja a consequência por possuir tantas qualidades, já pensaste nisso? Não há bela sem senão.

- Não acredito nisso. Toda a gente merece uma oportunidade de ser feliz.

Desde o momento que Vane me puxou para a pista que sentia o olhar atento de Ash pousado em nós, e ele não estava contente, conseguia sentir a sua crescente irritação e frustração. Por um lado dava-me uma certa satisfação que ele me visse com outro homem, mas acabava por sentir uma grande culpa, eu não era pessoa de fazer jogos ou provocações que pudessem magoar alguém. Vane aproxima-se e sussurra-me ao ouvido:
- Eu podia ser essa pessoa, podia fazer-te feliz, se me deixares.

O que poderia eu responder a tal pedido? O que poderia fazer quando aquela poderia ser a minha oportunidade de ser feliz, mas os meus sentimentos pelo Ash continuavam a impedir-me.

- Dou comigo querendo aceitar Vane, mas não posso, não te quero iludir, nem a ti nem a mim, que tal relação poderia resultar.

- Porque não? Sabes que eu gosto de ti.

- Sei que és tudo o que uma mulher pode desejar, mas há outra pessoa.

- Não sabia, lamento.

- Não lamentas tanto como eu. Esta pessoa não está disposta a lutar, e eu sou tão parva que não consigo seguir em frente.

- Essa pessoa, se te dispensou, não é um homem, não é nada, é um cobarde. Tu és uma mulher por quem vale a pena lutar, sem hesitação. Não mereces menos do que ser feliz.

- Não te preocupes comigo Vane, eu e tu nunca estivemos destinados, mas em breve vais conhecer alguém que vai fazer com que o resto do mundo pareça insignificante. - Revelei.

Ele olhou para mim intrigado, deu-me um beijo doce na testa, em sinal de respeito e foi embora. Fiquei devastada, sabia que Vane tinha ficado magoado, ainda que conseguisse entender os meus motivos. Ele era demasiado boa pessoa, merecia melhor do que uma pessoa como eu e a confusão que era a minha vida.

Felizmente, as raparigas decidiram ficar numa mesa perto do bar, longe dos ouvidos apurados dos rapazes. Eu sabia que Ash, quase de certeza, tinha ouvido a conversa com Vane, queria manter uma certa distância.

- Está tudo bem? Vi o Vane ir embora? – Perguntou a Mira.

- Sim, está tudo bem. Ele teve de ir resolver umas coisas. – Menti.

Estava ali sentada com as minhas amigas, estava ali a sorrir e a acenar com a cabeça a tudo o que elas diziam, mas na verdade, não tinha ouvido nem uma única palavra. Estava tão perdida nos meus pensamentos e divagações, que a conversa parecia estar a acontecer noutra dimensão. Minutos mais tarde, a Mira recebe uma chamada e sai pela porta da cozinha, para as traseiras do bar para atender o telemóvel longe do barulho.

Estava sentada tomando a minha bebida, e do nada senti a explosão de uma energia incrivelmente maléfica. Levantei-me e corri para as traseiras do bar, levando tudo pela frente, sabia que a Mira estava em perigo. Quando abri a porta da rua, vi a Mira caída no chão e inconsciente, a sua respiração mal se ouvia.

Senti uma raiva incontrolável crescer dentro de mim, só conseguia pensar em desfazer quem tinha feito aquela maldade á minha melhor amiga. Da escuridão, apareceram uma data de daemons á minha volta. Vinham-se aproximando, mas eu não ia deixar que nada acontecesse, ia desfazer todas aquelas criaturas nojentas. Vi o Ash, o Nick, o Talon e o Kyrian aparecerem perto da porta, mas com uma voz assustadora, quem nem parecia a minha, mandei-os parar.

- Nem se atrevam a intrometer-se, quero ser eu a destrui-los a todos. Se derem mais um passo…vão junto com eles.

- Eva… - Pediu o Nick.

Olhei para ele, com um olhar sedento de vingança que serviu de aviso. Ash mandou-os recuar hesitantemente.

Os daemons aproximaram-se, era isso que eu queria. Queria que eles chegassem bem perto, para acabar com todos eles de uma vez só. Olhar para a Mira naquele estado, só serviu para alimentar ainda mais a minha raiva.

Chegou o momento, os deamons deram um último passo, fechei os olhos ergui as mãos, atirei a cabeça para trás num grito de fúria em direcção aos céus. Á medida que ia fechando as mãos, como se as apertasse, como se estivesse a estrangular algo invisível, os daemons começaram a gritar de dor, uma dor que só de olhar se sabia ser insuportável. De um segundo para o outro, todos ao mesmo tempo, os daemons irromperam em chamas e desfizeram-se em cinzas ali mesmo.

Aquela demonstração de poder tinha sido assustadora o suficiente para que os espectadores Talon, Nick e Kyrian, ficassem sem se mexer até acharem era seguro. Acenei com a cabeça e o Nick correu logo na direcção da Mira. Ash deixou-se estar, queria dar-me espaço, e compreendia aquela reacção da minha parte. Ele havia sentido o mesmo quando a vida de Simi tinha sido ameaçada.

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