domingo, 26 de abril de 2015

O Peso do Destino - Cap 35

o peso do destino, fanfic, dark hunters, escrita criativa, historias,A Mira foi embora pouco depois e a conversa que tivemos só serviu para me desinquietar ainda mais. Fazer-me falar sobre o assunto, era fazer-me pensar sobre o assunto. Estava muito magoada, mas para ser sincera, tinha saudades do Ash, do tempo que ele tinha estado ali em casa, fiquei habituada á sua presença e ao que ele me fazia sentir. 

Sentia falta do seu olhar, do seu sorriso, do perfume que parecia emanar naturalmente da sua pele, sentia falta das conversas, ainda que fossem breves. Sentia-me diferente com ele… O que significavam estes sentimentos todos? Seria ele assim tão importante e só agora tinha dado conta? 



O dia seguinte correu normalmente, de casa fui para o trabalho e do trabalho voltei para casa, mas de noite tinha planeado fazer uma patrulha com o Kyrian e com o meu irmão, os meus parceiros do crime. Combinámos em frente á casa do Julian e partimos daí. 





A patrulha prolongou-se pela noite, abrangeu o bairro todo e as áreas circundantes. Tínhamos de aproveitar que podíamos estar os três juntos, já que não éramos todos predadores, só o Kyrian, assim não nos enfraquecíamos por estarmos perto uns dos outros. No final de uma noite bastante proveitosa, recebo um telefonema inesperado.

- Olá, quem fala? – Perguntei ao não conhecer o número.

- Eva? É o Valerius. - Revelou com um certo entusiasmo.

- Valerius? Está tudo bem?

- Vim em patrulha e encontrei um esconderijo, estão cerca de trinta deamons lá dentro. Quero acabar com eles, mas sozinho não consigo… - Admitiu ele.

- Está bem, estou a perceber, dá-me um segundo. – Disse tapando o telemóvel e dirigindo-me aos meus companheiros - O Valerius precisa de ajuda…

Fiquei durante uns segundos á espera de uma reacção, até que o Kyrian respondeu.

- Está bem, conta comigo…

- A sério? – Perguntou o Julian a Kyrian, admirado.

- Sim. - Confirmou.

- Bem, se é assim conta comigo também. É para fazer o quê?

- Ele encontrou um esconderijo de deamons… - Respondi.

- Boa. – Diz o Julian animado.

- São cerca de trinta…

- Ups… - Diz o Julian, como quem devia ter perguntado antes de se voluntariar.

- Não importa, chamo o Talon e acho que conseguimos dar conta do recado… - Diz o Kyrian confiante.

- Não, ele saiu com a Sunshine, além disso tenho alguém em mente que acho que se vai divertir imenso. - Disse eu misteriosamente.

- Quem? – Perguntou o Kyrian.

- Já vais ver. – Peguei no telemóvel e respondi ao Valerius. - Vamos ai ter, não te preocupes, estamos a caminho.

Desliguei a chamada, olhei em direcção ao céu e chamei:

- Zarek? Preciso de ti!

- Ele é quem vais chamar? – Perguntou o Julian com um ar de incrédulo.

- Quem mais, diz-me Julian, conheces alguém que tire mais prazer em matar deamons que ele? Além disso, ele é um semi-deus, não um predador, menos isso para nos preocuparmos.

- Ela tem razão Julian. - Concluiu o Kyrian.

Do nada ouviu-se aquela voz familiar e assustadora:

- Chamaste? – Pergunta o Zarek.

- Sim.

- Para quê?

- O Valerius precisa que ajuda…

- Chamaste-me para o ajudar? Lamento…

- Ele tem trinta deamons á nossa espera. – Interrompi cortando-lhe a palavra.

- Ok, podias ter começado por ai. Vamos lá, tenho a sensação que me vou divertir bastante esta noite.

E lá fomos, o quarteto mais improvável de todos, prestes a tornar-se o quinteto do século. Quando o Valerius viu a pandilha que eu tinha reunido para o ajudar, além de muito surpreso, não conseguiu evitar um sorriso de orgulho e mostrou ser um predador confiante, perigoso e muito poderoso. 

Fizemos as contas e dividimos os deamons igualmente por todos, estes atacaram sem piedade e nós recebemos todos de braços abertos e armas em punho. Eu podia ver que todos se estavam a divertir, principalmente o Zarek, com as suas gargalhadas diabólicas, ele fazia-me lembrar aquelas personagens dos filmes, que mesmo todas rebentadas continuam a lutar e a tirar prazer disso, ele era diabólico.

A noite acabou por correr melhor do que esperava. Tínhamos acabado com aquele grupo de aberrações, ninguém tinha ficado ferido e a vitória sabia espantosamente bem. No final lá os convenci a tomar uma bebida comigo para celebrar aquela vitória. Relutantemente, todos aceitaram, até o Zarek, sem reclamar.

Combinei aquele encontro com receio de não os voltar a ver a todos, afinal éramos família, e reuniões destas era coisa que não sabia se ia acontecer novamente.

- Obrigado Zarek… - Agradeci depois dos outros três terem ido embora.

- Não agradeças, não perguntes o porquê, mas sabes que se chamares eu venho. – Disse honestamente.

- Fico contente em saber isso, e sabes que também podes contar comigo…sempre. – Disse, beijando-o na face para me despedir.

- Eva?

- Sim?

- Tem cuidado contigo. – Disse, como se soubesse o que eu ia fazer.

- Vou ter.

Quando cheguei a casa fiz uma breve retrospectiva do que tinha sido a minha vida e das coisas boas que tinha feito acontecer, não havia nada que me fizesse mais feliz do que saber que tinha proporcionado felicidade a outros. 

Respirei fundo e chamei por Styxx, estava na hora de o enfrentar. Nesse instante, ao dizer o seu nome, fui transportada para outro lugar, até a minha roupa mudou, agora parecia estar vestida como uma verdadeira deusa grega.

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