segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O Peso do Destino - Cap 21

o peso do destino, fanfic, dark hunters, dark-hunters,Ficámos as duas naquele abraço terno durante algum tempo, mas depois acabámos por nos sentar na cozinha, eu tinha perguntas a fazer:

- Não sabias mesmo onde eu estava?

- Não, se soubesse poderia ser perigoso, há muitas maneiras de arrancar informação a alguém, e eu não podia arriscar que te descobrissem, muito menos através de mim…



- Então e agora? Continuo a ser procurada?

- Infelizmente sim, não tão afincadamente, mas sim. Tens de ter cuidado com o Acheron, ele está sempre presente e é a principal pessoa incumbida de te procurar.

- A história é mesmo verdade. Ele não é má pessoa, não acredito que me fizesse mal. – Afirmei.

- Querida, ele só tem que te encontrar, não é ele que vai decidir o que te pode acontecer, e eu não quero arriscar, não agora que te encontrei! – Disse convicta de si mesma.

- E ao Julian? Posso contar?

- Só a ele, mais ninguém.

- Está bem – Prometi.

- Estou tão orgulhosa…és tão bonita, bem mais do que eu. - Ela brincou. - E sinto que és tão poderosa…o orgulho de uma mãe…

Abraçou-me novamente, deu-me um beijo na testa e desapareceu. Depois daquele encontro emocionante, fui para a cama, mas nem por sombras consegui dormir. Eu queria ir acordar o Julian e contar-lhe tudo, estava prestes a explodir de tanto entusiasmo. Não tive outro remédio senão esperar até de manhã.

Assim que todos acordaram, também desci para o pequeno-almoço e tive de conter mais um pouco, com todas as minhas forças o meu entusiasmo, não queria que eles desconfiassem de algo. Depois da Grace sair, o Julian foi para o computador trabalhar, e eu aproximei-me e comecei a pairar á volta dele:

- O que se passa Eva? Conta lá! – Como me conhecia tão bem ele.

- A tua mãe esteve cá ontem á noite! – Confessei.

- Esteve? A fazer o quê? – Perguntou, virando completamente a sua atenção para mim.

- Veio falar comigo…

- Contigo? Sobre?

- Sobre mim…

- Ela descobriu alguma coisa?

- Digamos que ela sabe tudo sobre mim! – Afirmei.

- Sabe? Como? E disse-te alguma coisa? – Ele não conseguia parar de fazer perguntas.

- Sim disse, aliás, esclareceu-me bastante! Lembras-te de te falar daquela mulher, aquela dos meus sonhos?

- Lembro…

- Eu nunca tinha visto essa mulher na vida, mas vi-a pela primeira vez ontem…

- Viste? Onde? – Que lentinho que ele era ás vezes.

Olhei completamente desacreditada, como é que ele podia não perceber o que lhe estava a tentar dizer. Revirei os olhos e disse-lhe:

- Julian! De quem estamos a falar? Não é da tua mãe? Pensa um pouco por favor! – Implorei impacientemente.

- Sim é dela que estamos a falar… - Parou e pensou um pouco.

Ele não estava a entender o que eu lhe dizia, estava confuso. Primeiro tinha falado na sua mãe, depois da mulher que tinha visto nos sonhos… “oh por Zeus, pensou ele…”

- Não sei, posso estar errado, mas estás a dizer-me que a minha mãe e a mulher dos teus sonhos são a mesma pessoa? – Perguntou ainda confuso.

- Exactamente, e ela explicou-me tudo…Julian… - Disse, emocionada.

Olhámos um para o outro. O Julian estava finalmente a perceber:

- Tu és minha irmã? Quer dizer, a minha irmã perdida? – Perguntou seriamente.

- Sim, sou Julian! Desculpa, se ficaste decepcionado…

Nem tive tempo de acabar a frase. O Julian veio na minha direcção e abraçou-me como se não houvesse amanhã. Ele estava feliz, e não desapontado como pensei que pudesse ficar. Então juntei-me a ele num abraço fraternal que nenhum de nós parecia quer que terminasse.

Vagarosamente lá nos largamos, então o Julian perguntou:

- Mas ela foi tão rude contigo ontem á tarde…

- Porque o Ash estava aqui…

- O Ash… - Ele percebeu porquê.

- Ele não pode saber Julian…

- Eu acredito que ele não te iria fazer mal, mas ele é o tipo de pessoa que cumpre o seu dever, é melhor isto ficar só entre nós!

- Também acho, pelo menos para já! E agora sou mesmo o quê?

- Bem, se a minha mãe é uma deusa e o meu pai humano, eu sou um semi-deus. Tu tens os dois pais deuses, portanto és uma deusa completa!

- Oh caramba, uma deusa…isso não estava nos meus planos!

- Aposto que não, maninha. A mãe restaurou-te todos os teus poderes? – Perguntou ele.

-Não. Mas de qualquer forma é melhor não, nem sei o que sou capaz de fazer, ainda te rebento com a casa! – Brinquei.

- Cuidado com isso – Riu – Mas vais conseguir, vai demorar algum tempo, mas tu vais conseguir. Não quero nem imaginar. Os teus pais são deuses muito poderosos, para não dizer que és neta directa de Zeus.

- Já chega Julian, isso é muita informação para mim. Vou andando.

- Se precisares de alguma coisa liga…ou teleporta-te – Brincou mais uma vez com a minha aflição.

- O quê? Posso fazer isso?

Ele riu-se da minha ingenuidade, e eu revirei os olhos:

- Oh cala-te Julian.

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